05 junho 2007


Pelas ruas e becos da cidade eu esbarro nas pessoas que eu não sou. Que conversam com seus amigos que não me conhecem. Para os quais minha presença não diz nada.
E sigo assim, a tropeçar na vida que eu não levo.
Quem seria eu se fosse outro? Quanto de mim há na sóbria recepcionista que me fita? Qual parte desse pedinte faminto eu sou? O que dessa criança que ri cabe em mim?
Por onde vago em sonhos quando experimento ser você?

4 comentários:

Táia disse...

To adorando!
Mas onde a Maíra aprendeu a escrever assim se sua faculdade exige tantos cálculos e projetos? Ela aprendeu dos melhores jeitos possíveis: lendo e vivendo! :))

Zander Catta Preta disse...

É apaixonante o jeito que ela escreve! :D

ADORO!

J.M. de Castro disse...

Muito bom esse texto, como todos os outros do seu blog. Parabéns pela escrita. Tem um que de Pessoa, um que do existencialismo latejando ai dentro. Ah...nem me apresentei...eu sou o amigo da Helena Cirelli...ela como boa amiga te indicou...o seu blog já está nos "meus favoritos"...beijos

Anônimo disse...

É, a menina aprende rápido... Um dia eu venço a preguiça e travo duelos injustos com vc. Injustos pq eu sou cartesiano demais pra escrever tão bem!