
Porque tem coisas no mundo que nunca vão mudar...
A lembrança do cheiro de caqui que vinha do quintal quando chegava o outono;
O gosto da cuca de banana da vó que a gente comia na rede da varanda;
O tom daquele vermelho desbotado do vestido de caipira que eu queria usar pra ir ao colégio todo dia...
O frio na barriga de quando você vinha em minha direção.
As horas que perdi vagando dentro do teus olhos mutantes.
Cada um dos cinco minutinhos topológicos de letargia a dois na cama dos elefantes.
A ternura que corria em mim quando na garupa da Olga eu colava meu corpo quente no da frente.
O tesão de te surpreender me olhando com olhos de menino.
Talvez seja esse o segredo da vida, como o da boa tostada, não medir em nada, ser assim abundante sentimento, ser vontade e ser fome...
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