03 junho 2007

As quatro cores do dia


Hoje eu quero ser pra sempre cor.

De manhã escolho um verde pistache, que tem vida, que tem cheiro de mato.

Depois do almoço passo sem contrangimentos pra esse magenta escandaloso. Enérgico, libidinoso.

Meu fim de tarde é azul hortência, cor que me acalenta com cantorias antigas.

Mas enfim anoiteço sempre nos braços desse gris assustado, com cheiro de mofo e saudade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Uhm, nem me fale em pistache, adoro (o gosto mesmo, sorvete então...). Mas a cor do meu dia é uma só: um amarelo pálido (é a cor dos desocupados, dos desempregados, da monotonia e do tédio).

Zander Catta Preta disse...

A minha cidade é cinza, não verde, amarela, azul, vermelha. É cinza, gris, grisê, dessaturada de cores mesmo.

É o asfalto que tem de receber carinho para ser humano, é o asfalto que apaixona o povo daqui, é o stress que mata e encanta as gentes paulistanas.

O dia todo é cinza. Sempre cinza. No céu, quando azul, enxergo um rostinho feliz.

E são 432km de distância.

Anônimo disse...

verde pistache, magenta, azul hortência, gris... Você é muito arquiteta, Maíra!

Certamente é mais divertido do que o mundo em 256 cores feitas de vermelho, verde e azul. Mundo esse que pode ficar monocromático fácil, fácil...