02 junho 2008

Mãos pequenas

Hoje, enquanto eu dormia,
a menina entrou no quartinho dos fundos pela janela.
Aquele cômodo escuro onde se guardam fardos de medos e outras angústias.

E que, com a presença da menina, se iluminou
mais e mais.
E visto assim parecia um cabaré, um circo ou coisa afim.
Com seus muitos baús de guardados e fantasias em retalhos.

E, ao ver a serenidade com que ela vestia e tirava as fantasias,
e escolhia adereços com sua mãos pequenas
criando enredos novos e novas cenas.
Eu amanheci suave.