04 julho 2007

hora muda


Agora era aquela hora muda,

de levantar e tentar não se encarar nos olhos.

E procurar sob a cama o sentido de tudo aquilo.

E fingir esse sorriso estreito, e tentar um olhar desfeito.


E ela ia me abrir a porta, e ia me dar um beijo,

na testa talvez,

e ia ensaiar qualquer volte sempre


o elevador me sorria cínico,

o porteiro me olhava crítico,

o sol me cozinhava aos poucos...

Um comentário:

Zander Catta Preta disse...

o mundo se cala quando ela passa.