Olhava as riscas do lençol. E seus olhos se perdiam numa ilusão de óptica.
Lembrava que as linhas que viravam curvas a divertiam quando criança.
Hoje sabia que ilusões podem ser bem menos divertidas.
Olhava as listras como se nela fizesse seu ábaco, e nele fosse contando os dias, os meses, as distâncias, todos os números da sua prostração.
Em criança, nunca gostou de números.
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