08 novembro 2010

Quarto e sala sem varanda


Saiu batendo a porta,
assim por nada, talvez só pra ver gemerem janelas em solidariedade.
Fato é que sumiu, dias, meses, uma ciranda de horas...
Morreram as plantas, não sem antes ficarem todas amarelas, pintadas de sede.
Amontoaram-se teias nos cantos cegos, e a poeira fazia pátina nas paredes.

E o apartamento, antes ventilado, com perfume de menina e flor,
foi tomando jeito de depósito de esquecimentos.
O que antes era um lar, agora merecia pena, muita pena...

2 comentários:

Anônimo disse...

Grata surpresa você escrivinhadora da vida e de suas interpretações lidas e escritas no livro da vida vivida.
João

Coral disse...

Grande e esperado retorno!